DECRETO N. 14.727 – DE 16 DE MARÇO DE 1921
Concede autorização á sociedade anonyma «Los Fabricantes Unidos», Inc., para funccionar na Republica
O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil, atendendo ao que requereu a sociedade anonyma Los Fabricantes Unidos. Inc., estabelecida em Boston, Estado de Massachusetts, Estados Unidos da America, e devidamente representada,
DECRETA:
Artigo unico. E’ concedida autorização á sociedade anonyma Los Fabricantes Unidos, Inc., para funccionar na, Republica com os estatutos que apresentou e mediante as clausuIas que a este acompanham, assignadas pelo ministro de Estado dos Negocios da Agricultura, Industria e Commercio, ficando a mesma sociedade obrigada a cumprir as formalidades exigidas pela legislação em vigor.
Rio de Janeiro, 16, de março de 1921, 100º da Independencia e 33º da Republica.
EPITACIO PESSOA.
Simões Lopes.
CLAUSULAS QUE ACOMPANHAM O DECRETO N. 14.727, DESTA DATA
I
A sociedade anonyma «Los Fabricantes Unidos, Inc., é obrigada a ter um representante geral no Brasil, com plenos a illimitados poderes para tratar e definitivamente resolver as questões que se suscitarem, quer com o Governo, quer com particulares, podendo ser demandado e receber citação inicial pela companhia.
II
Todos os actos que praticar no Brasil ficarão sujeitos unicamente ás respectivas leis e regulamentos e á jurisdicção de seus Tribanaes judiciarios ou administrativos, sem que, em tempo algum, possa a referida companhia reclamar qualquer excepção, fundada em seus estatutos, cujas disposições não poderão servir de base para qualquer reclamação concernente á execução das obras ou serviços a que elles se referem.
III
Fica dependente de autorização do Governo qualquer alteração que a companhia tenha de fazer nos respectivos estatutos.
Ser-lhe-ha cassada a autorização para funccionar na Republica se infringir esta clausula.
IV
Fica entendido que a autorização é dada sem prejuizo do principio de achar-se a companhia sujeita ás disposições de direito que regem as Sociedades Anonymas.
V
A infracção de qualquer das clausulas para a qual não esteja comminada pena especial será punida com a multa de um conto de réis (1:000$000) a cinco contos de réis (5:000$000) a, no caso de reincidencia, com a cassação da autorização concedida pelo decreto em virtude do qual baixam as presentes clausulas.
Rio de Janeiro, 16 de março de 1921. – Simões Lopes.